terça-feira, 23 de março de 2010

.Bobo sonetO.

Eu vejo você ter certeza
Em dizer que me ama
Por muito tempo eu sonhei
Não precisar... E eu preciso tanto de você.

Muitas horas dos meus dias
Fecho os olhos e só vejo
Que no passado não precisávamos de nada
Nada além de esperar o exato momento de nos encontrar-mos

Agora eu peço que me escute
Pedir perdão por qualquer faísca de mágoa
E lhe perdoar por não ter me surgido antes

Estou voando com nossa chance
Por entre nuvens turvas e brancas
Esperando poder te levar um pedaço de paz

domingo, 21 de março de 2010

.PessimismO.

Eu pertenço as minhas inseguranças
Eu não pertenço a idéias de garota perfeita
Às vezes eu crio, às vezes eu destruo.
E tudo não passa de pensamentos inconclusos
De pessimismos egocêntricos incapazes de ir além do raso.

Eu preciso sentir que solidão é coisa sem razão
Mas eu hesito e penso que não
Não tenho saudades do oco, não tenho saudades...
De quase ninguém.

Eu tropeço nas veias que me querem viva
Caio de cara no desejo de quem eu quero satisfazer
Mas amanhã de repente estou de braços cruzados
Esperando que desistam de me secar as lágrimas.

Eu não quero te amar em rimas
E sei que para isso preciso confiar de verdade em alguém
Não quero confiar em ninguém além de mim e você
Eis então a duvida e o medo.

terça-feira, 9 de março de 2010

.Despertar para um sonhO.

Eu tinha medo da minha insuportável fuga
Daquele meu velho hábito de adorar a solidão
Se eu acordava, era um pesadelo.
Eu nasci para viver comigo, eu diria.

E pensando sobre esses dias
Na verdade, nem sequer me importava.
Eu tinha meu ego e as paredes intactas
Meus surtos e, até então, minhas verdades absolutas.

Até o dia em que abri os olhos e te enxerguei de verdade
Então a partir daí, passei realmente a temer meus vícios.
Eu sei que não me importaria se você não estivesse ao meu lado
Você sabe, eu não suportaria se você tivesse partido.

Sigo-te até o fim da minha vida
Até o último suspiro, mas você não sabe.
Que eu me parti ao meio direto para seu colo
Puxei minha alma e entreguei em suas mãos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

.Viver um grande amoR.

Meus dias são tão teus, amor.
Diz baixinho em meu ouvido
Não há nada mais bonito
Que viver o amor de uma mulher

Se eles pudessem compreender
A felicidade que é
Encontrar-te por aí
E ter vontade de gritar que és minha, minha mulher.

Vou cantar-lhes uma canção de amor
De fazer a cidade pedir
Até mesmo ao Cristo Redentor
Uma paixão para chamar de flor

E para aqueles que não crêem
Terei de lhes contar o segredo
Que a solidão engana a gente
Quando do velho amor se tem medo.

Dor não dói.

Eu tenho a sorte de um amor tranqüilo
E ele é mais saboroso que fruta mordida
Se é o que minha vaidade quer, eu não sei.
Mas essa poesia brilhantemente cega e muda
Ainda tem muito que gritar.

Não prendo o choro e não fico aguando o bom do amor
Se a garganta arranha, eu choro.
A emoção não acabou ela se recria nesse amor.
Morrer de amor não dói
E se morrer, vai ser de overdose como os muitos heróis.

Não vou dizer que tem três mil horas
Para parar de me beijar
Mas oito horas seguidas vai ser um Recorde nosso
Só pra exercitar, pro dia nascer feliz
O mundo vai acordar e a gente dormir.

Eu tenho alguém que cabe nos meus sonhos
E não vou pedir piedade
Os erros e acertos nascem, são filhos do mesmo pai.
Mais algumas doses? É claro que eu to afim
E mais todo amor que houver nesta vida.