quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Aqueles.

Amargos os que amam um e idolatram outro
Aflitos os que amam e sabem como é ser sozinho
Infelizes aqueles que não sabem amar
Coitados dos que amam e ficam sós.

Não deixam o definido pelo indefinido.
Amam com força o certo, embora idealizem o errado.
Não querem ficar sozinhos e amedrontados,
Por fazer do amado o magoado.

Não sonham um futuro sem o ser que os lábios beijam
Sentem-se carentes se ficarem sozinhos um minuto que seja
Derramam lágrimas e dormem apertando o travesseiro por pura saudade
E prometem não amar mais ninguém daqui ou de outra cidade.

Fazem da vida um inferno quando não existe alguém
Andam pelos mesmos lugares fazendo-se isolados
Não conhecem de trás para frente o corpo de outrem
Erguendo aqueles escudos para não serem machucados.

Andam à beira do abismo para que sintam dó.
Apegam-se à solidão sem perceber o vício,
De que já não reconhecer um dó menor
Pode tornar uma vida de tons, puro desperdício.